Procuram-se urgentemente mãos de obra
A crise do coronavírus está causando efeitos dramáticos sobre a economia, mas, em alguns setores na Alemanha, ainda se procuram mãos de obra.
A crise do coronavírus atingiu violentamente o mundo. A economia também está sofrendo muito sob as restrições dos contatos sociais e os fechamentos temporários. Muitas pessoas ficaram desempregadas ou estão trabalhando com redução da jornada de trabalho. Todavia, há setores na Alemanha, onde ainda se procura mão de obra:
Supermercados
Quase todas as empresas do ramo de meios alimentícios estão procurando mão de obra. “Um dos grandes desafios no comércio de meios alimentícios é, atualmente, a falta de pessoal nos setores de logística, vendas e reposição de mercadoria”, diz Stefan Hertel, da Associação Comercial da Alemanha (HDE). O supermercado de desconto Aldi Süd, por exemplo, acaba de empregar 2 200 pessoas em tempo parcial, muitas das quais tinham perdido os seus empregos em restaurantes fast-food.
Hospitais
Antes da pandemia de coronavírus, já estavam faltando cerca de 17 000 auxiliares de enfermagem e 3 500 médicos e médicas nos hospitais alemães, diz um porta-voz da Sociedade Alemã de Hospitais (DKG). Mas o adiamento de atendimentos planejados, que não são urgentes, teria criado novas capacidades. As clínicas estão agora recrutando sobretudo médicos e assistentes de enfermagem que tinham abandonado esse setor de trabalho, diz a DKG.
Cuidado de idosos
Também teriam existido, já há muito tempo, vagas de emprego no cuidado estacionário de idosos. Agora, a situação se agravou mais ainda. “Antes da crise, já havia neste setor uma grande falta de pessoal especializado, a qual se tornou maior ainda pelo afastamento ao trabalho por motivo de doença e quarentena”, disse a porta-voz da Associação Alemã de Profissionais de Cuidados de Saúde (DBfK). “Além disso, a prestação de cuidados têm agora de se multiplicar, pois, normalmente, ela era feita pelos familiares”.
Agricultura
Em todo lugar estão faltando trabalhadores sazonais para a colheita das primeiras frutas e verduras do ano, como aspargo e morango. Normalmente, quase 300 mil pessoas vêm anualmente para a Alemanha para trabalhar nessas colheitas. Graças a medidas para aliviar a restrição à movimentação internacional, ordenadas pelo do governo federal, deverão vir respectivamente em abril e maio 40 mil trabalhadores para as colheitas. Mas mesmo assim, ainda estarão faltando de 30 a 90 mil pessoas, o que está obrigando as empresas agrícolas a procurar, a todo custo, essa mão de obra. As empresas estão sendo ajudadas pela plataforma on-line de trabalhadores sazonais e pelo Ministério Federal da Agricultura.
Logística e comércio on-line
Amazon, a maior comerciante on-line do mundo, está lucrando muito pelo fato de que muitas coisas só podem ser compradas na internet. Na Alemanha, essa empresa gerou 350 novos empregos provisórios, principalmente para as pessoas que perderam os seus empregos devido ao coronavírus, afirmou um porta-voz da empresa. Mas ela ainda continua procurando pessoal de entrega em todas as cidades, por causa do crescente número de encomendas.
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