A luta contra os mitos de conspiração
Pia Lamberty pesquisa as teorias de conspiração na sociedade. Aqui você descobre como ela quer dessa maneira impedir a radicalização.
As pessoas e suas ideias marcam a Alemanha. Com a campanha #GermanyinPerson, apresentamos a vocês diferentes faces da Alemanha. Mostramos como essas pessoas moldam a sociedade com suas perspectivas individuais e diferentes origens.
A psicóloga social Pia Lamberty é uma delas. Ela vem pesquisando crenças conspiratórias em psicologia há vários anos. “Há muito tempo venho estudando a perspectiva psicológica sobre as tendências misantrópicas”, diz a cientista. No processo, ela notou repetidamente que as teorias de conspiração têm o potencial de unir pessoas diferentes em torno de uma imagem de inimigo. Elas são frequentemente acompanhadas por uma rejeição do sistema democrático e um crescente antissemitismo, explica Lamberty.
A perda de controle fortalece a crença em conspirações
Especialmente em tempos de crise, as redes de conspiração registram um enorme afluxo. “A experiência de perda de controle tem o potencial de fortalecer a crença na conspiração. Numa situação em que não se tem influência, você pode acabar vendo padrões mesmo onde não existe nenhum, uma espécie de compensação, por assim dizer”, diz Lamberty. Mas a crença em conspirações não desaparece com o fim da crise. “Havia uma porcentagem não pequena de pessoas que acreditavam em conspirações antes da pandemia, e isso provavelmente não vai mudar depois da pandemia”, explica a psicóloga.
Consequências para o convívio
As consequências que as teorias de conspiração podem ter sobre uma sociedade são demonstradas pelos anos de crise de 2020 e 2021. Aqueles que veem COVID-19 como conspiração têm menos probabilidade de serem vacinados ou de cumprirem as medidas de proteção das pessoas, diz Lamberty. A crença em teorias conspiratórias “torna muito mais difícil convencer essas pessoas a se deixarem vacinar do que quando se trata de temores ou obstáculos à ação”. Afinal, eles frequentemente acreditam que a ciência e a política são parte da suposta conspiração”.
Contrapor-se ativamente às teorias de conspiração
Com o conhecimento adquirido com suas pesquisas, Pia Lamberty quer combater ativamente as teorias de conspiração nas crises atuais e futuras, a fim de evitar a radicalização dentro da sociedade. É por isso que ela fundou em 2021 a organização sem fins lucrativos Center for Monitoring, Analysis and Strategy gGmbH (CeMAS), juntamente com o cientista Josef Holnburger. O “think tank” coleta informações sobre antissemitismo, ideologias conspiratórias, desinformação e extremismo de direita no espaço virtual. Em 2021, por exemplo, CeMAS está investigando as redes do movimento de teorias de conspiração “Querdenker”. Suas descobertas ajudarão a sociedade civil, os meios de comunicação e a política a esclarecer e a contra-atacar.
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