A mulher por trás da vacina
É à pesquisadora Özlem Türeci que o mundo deve a primeira vacina contra o coronavírus, autorizada pela OMS.
A força inovadora e a diligência científica de Özlem Türeci foram decisivas na luta contra o coronavírus. Esta pesquisadora de 53 anos é a médica-chefe da empresa Biontech, de Mainz, que ela e seu marido Uğur Şahin fundaram em 2008.
Desde então, esse casal vêm pesquisando a tecnologia mRNA, onde as moléculas mensageiras, produzidas artificialmente, provocam reações de imunidade, quando inserem na células os componentes genéticos de uma matéria desconhecida. As células produzem então anticorpos contra o inimigo, seja ele um vírus ou um tumor. Os dois médicos usam esse princípio para combater o câncer. Quando eles, no começo de 2020, souberam do novo coronavírus, decidiram produzir uma vacina à base de mRNA.
A pesquisadora Türeci adora o trabalho detalhado e meticuloso
Deve-se ao trabalho de Türeci no laboratório que dessa ideia surgiu, em apenas 9 meses, uma vacina contra o coronavírus. Essa diretora científica projetou o design das pesquisas da vacina, escolheu as substâncias ativas e coordenou a cooperação com a Pfizer. Junto com este grupo empresarial dos EUA, ela gerenciou os testes clínicos em mais de 40 mil voluntários, que redundaram, em novembro de 2020, no resultado que trouxe alívio a todos: 95 por cento de eficácia.
Türeci adora o trabalho detalhado e meticuloso, mas é muito tímida quanto está no centro das atenções. Ela é filha de um cirurgião de Istambul, que trabalhou na década de 1970 em um hospital na Baixa Saxônia e que, de vez em quando, levava a sua filha para o seu trabalho hospitalar. Vendo como os pacientes sofriam de doenças, como o câncer, aquela menina começou a sentir que deveria ajudar as pessoas.
Türeci: a pesquisa “tem que ser realizada no leito do paciente”
Ela estudou na Universität des Saarlandes, em Homburg, onde ficou conhecendo seu futuro marido. Depois, trabalhou na Universität Mainz, no setor de imunologia contra o câncer, chegando à conclusão de que a pesquisa nem sempre consegue envolver o leito do paciente. Dado que queria ajudar a curar as pessoas, ela fundou em 2002 uma primeira firma, Ganymed Pharmaceuticals, vendida em 2016 ao grupo empresarial japonês Astellas.
Agora, Türeci está empregando toda a sua força e todos os seus conhecimentos na empresa Biontech, que está crescendo rapidamente e já conta com cerca de 1 800 empregados. Essa grande cientista coordena atualmente onze pesquisas clínicas, sendo que se trata, em todas, de medicamentos à base de mRNA contra o câncer.
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