Entdecke DE: Os “Maare”
Com a série “Entdecke.DE”, fazemos uma viagem através de toda a Alemanha: desta vez, passeamos pela singular paisagem natural do Eifel vulcânico
O lago repousa tranquilo. Água profundamente azul, cercada de bosques verdejantes. À primeira vista. De perto, é borbulhante: dióxido de carbono, sulfato de hidrogênio e hélio provocam uma efervescência na superfície da água. Tais “Jacuzzis” naturais, típicas dos “Maare”, são denominadas de “Mofette”. Os “Maare”, com suas depressões geralmente afuniladas, são de origem vulcânica, eles surgem através de explosões de vapor, quando o lençol freático entra em contato com o magna incandescente. Durante milhares de anos desenvolveu-se assim, na região do Eifel, uma singular paisagem natural com crateras, fontes e bosques.
Para natação, caminhada, ciclismo
A escritora Clara Viebig descreveu as imperscrutáveis águas como “os olhos azuis do Eifel”. Hoje, os “Maare” são apreciados destinos de excursões. O centro dessa região paisagística é formado pelas cidades de Daun e Manderscheid, onde se encontra o Eckfelder Maar, surgido há cerca de 44 milhões de anos e um dos mais velhos “Maare” conhecidos. No total, existem lá 75 “Maare”, mas apenas dez estão ainda cheios de água. Quatro deles são absolutamente apropriados para o prazer dos banhistas, por exemplo o Pulvermaar, perto de Gillenfeld.
Os excursionistas podem descobrir os “Maare” do Eifel através de uma caminhada ou em bicicleta, por exemplo, na Rota das Cinco Crateras. Ela passa pelo Gemündener Maar, pelo Weinfelder Maar, pelo Schalkenmehrener Maar, pela Cratera de Windsborn e pelo Meerfelder Maar, que é o maior lago vulcânico da região, com um diâmetro de cerca de 1,7 quilômetro e 400 metros de profundidade.
Ao lado da ampla paisagem natural no Eifel, existem ainda outros “Maare” na Alemanha. Famoso pelos seus fósseis e reconhecido como patrimônio natural da humanidade pela Unesco é o sítio arqueológico Grube Messel, no Estado de Hessen. Também ele surgiu de um lago vulcânico, um “Maar”. Nas montanhas de Schwäbische Alb, o vulcanismo também deixou seus vestígios: o Randecker Maar, por exemplo, tem um diâmetro de 1,2 quilômetro. Também ali foram encontrados fósseis de uma paisagem lacustre subtropical.