A realidade 
como minissérie

Nico Hofmann trabalha como um redator-chefe. Ele lê jornais, revistas, marca artigos, parágrafos, faz anotações – sempre em busca de estórias, que devem ser narradas. Porém, para o 
cinema e a televisão. Pois Nico Hofmann é produtor cinematográfico, o mais bem-sucedido da Alemanha, com dez produções por ano. Sua receita: transformar a atualidade em estórias, de forma emocional e como ficção. Sua marca artística: a minissérie da vida real. Esse formato televisivo foi criado e aper­feiçoado por ele. Com “Rommel”, a vida do general alemão, ou com “Bornholmer Strasse”, a tragicomédia dos 25 anos da 
Queda do Muro, ele atraiu milhões de telespectadores. Está terminado “Grzimek”, a homenagem ao zoólogo de Frankfurt, e “Beckenbauer”, o documentário sobre o maior jogador de futebol da Alemanha, deverá ser transmitido em setembro de 2015, 
por ocasião do 70º aniversário do “Kaiser”. A carreira de Hofmann começou com uma “produção própria”. Aos 18 anos de idade, 
ele filmou a separação dos seus pais com uma câmera Super-8. Na Escola Superior de Cinema, seu assunto foi o diário de 
guerra do seu pai. Tudo que o emociona, torna-se seu tema. 
Assim sendo, seu conceito de “atualidade” remonta até a 
geração das mães e dos pais.

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