Legendas vivas
Gerhard Richter é mundialmente um dos artistas mais famosos da Alemanha. Mas ainda há outros astros do cenário artístico.
Ele não gosta de dar entrevistas e sempre evita aparecer em público. No entanto, Gerhard Richter é considerado um dos artistas mais famosos do mundo. Como o artista nascido em Dresden, que completou 90 anos em 9 de fevereiro, faz isso? Ele deixa falar o seu trabalho, que regularmente alcança preços recordes nos leilões. Por exemplo, seu quadro “Pintura Abstrata”, de 1986, foi leiloado por 41 milhões de euros em 2015. Na seção “Bússola da arte” da revista Capital, Richter encabeçou por 18 anos “a lista dos artistas contemporâneos mais importantes”. No entanto, é difícil de ser classificada a sua obra, que inclui pinturas fotorrealísticas e abstratas, assim como esculturas e vitrais de igrejas.
Mas talvez seja precisamente esta versatilidade que faz de Richter o artista alemão de maior sucesso. Sua incomum biografia alemão-alemã também poderia explicar seu sucesso. Richter nasceu sob na época do nazismo, teve sua formação como artista no socialismo da RDA e tornou-se bem sucedido no capitalismo. Biografias semelhantes podem ser encontradas também com Georg Baselitz e Günther Uecker, que, como Richter e Anselm Kiefer, estão entre os mais importantes artistas alemães do pós-guerra, ainda vivos.
Mulheres definem o tom
A arte do pós-guerra foi largamente dominada pelos homens, até que mais e mais mulheres passaram a dar o tom nos últimos anos. Uma delas é Anne Imhof, que projetou o pavilhão alemão na Bienal de Veneza em 2017 e recebeu o Leão de Ouro por ele. A artista, que nasceu em Giessen em 1978, recebeu o prêmio por uma performance de quatro horas. Mas Imhof é formada como pintora. No entanto, ela tem expandido cada vez mais seu trabalho na direção da instalação e da performance. Isto também foi visto em suas exposições em 2019 na Tate Modern, em Londres, e em 2021 no Palais de Tokyo, em Paris.
Fotógrafos no topo mundial
Maria Eichhorn e Alicja Kwade também estão entre os artistas alemães mais procurados. Eichhorn, nascida em Bamberg em 1962, projetou o pavilhão alemão em Veneza em 2022. Kwade, nascida em Katowice em 1979, expôs suas obras no terraço-jardim do Metropolitan Museum, em Nova York, em 2019. O fato de os fotógrafos alemães serem procurados também internacionalmente é mostrado pelo exemplo de Wolfgang Tillmans. O artista, nascido em Remscheid em 1968, que se empenha há anos por Instituto Alemão de Fotografia, juntamente com colegas como Andreas Gursky, foi o primeiro fotógrafo a receber o renomado Prêmio Turner britânico em 2000. No próximo outono, o Museu de Arte Moderna de Nova York mostrará uma exposição de Tillmans.