O cenário alemão dos emergentes
O cenário alemão dos emergentes aposta nas tecnologias digitais.
“Vale a pena correr risco. Aposte em pessoas que questionam os padrões atuais”. Este é o conselho de Kevin Spacey, o astro de Hollywood, aos novos fundadores de empresa em Munique. Em seu discurso na conferência de emergentes “Bits & Pretzels”, em setembro de 2016, Spacey falou sobre a realidade virtual. Esse ator é considerado um fã da tecnologia moderna, tendo já investido nos emergentes que se ocupam com isso.
Sendo assim, Spacey segue a mesma linha que os novos empresários na Alemanha, dos quais 5% apostam na tecnologia digital, segundo dados do banco KfW em seu relatório Gründungsmonitor 2015. Os modelos de empresas seriam muito diversos. Alguns autônomos oferecem puras ofertas digitais, como Apps ou Websites. Outros aproveitam as possibilidades digitais para poder vender melhor seus produtos (reais). Outro grupo emprega principalmente as tecnologias digitais, como o fazem os desenvolvedores de websites e programadores de software.
Quando as máquinas podem ser operadas intuitivamente
Tacterion é o exemplo de um modelo digital de sucesso. Esta firma emergente de Munique pretende levar ao mercado uma tecnologia de sensores que torna os objetos sensíveis ao toque. Desta maneira, as máquinas na indústria poderiam ser operadas intuitivamente. Para tanto, elas são revestidas com uma película contendo módulos de sensores nas suas superfícies. A película mede a intensidade do toque e as informações correspondentes são transmitidas por fio, WLAN ou Bluetooth ao sistema. “Nós unimos os excelentes trabalhos alemães de engenharia à imaginação criativa e a um modo de trabalho muito prático e orientado nos consumidores”, dizem Michael e Daniel Strohmayr sobre sua empresa, uma firma derivada do Centro Aeroespacial Alemão (DLR).
Como esses dois irmãos, cerca de 763 mil pessoas fundaram uma empresa na Alemanha em 2015. E já foram muito mais nesse meio tempo. Mas o bom desenvolvimento no mercado de trabalho faz com que a tendência a novas fundações diminua. Todavia, esse declínio não afeta realmente a produção de novas ideias. O número de “emergentes inovadores”, segundo o KfW, aumentou a 95 mil no ano de 2015.