Perita em comércio global
A brasileira Lisandra Flach é a nova diretora do Centro de Economia Externa do Instituto ifo de Munique.
São tempos turbulentos para a economia mundial. A globalização caiu em descrédito, o comércio exterior está estagnando e, agora, a pandemia de coronavírus está exercendo pressão sobre as cadeias de produção que se tinham comprovado por muito tempo. Por isso, Lisandra Flach vai ter muito trabalho em várias funções: como cientista, como assessora política e como perita em comércio externo em um dos mais conceituados institutos de economia da Alemanha.
Essa economista de 37 anos de idade é, desde julho de 2020, a diretora do Centro de Economia Externa no Instituto ifo de Munique. Nascida no Brasil, ela está desenvolvendo agora um modelo de pesquisa da influência de liberalizações comerciais sobre fluxos de mercadoria e o bem-estar dos países. Muitas instituições, entre elas a autoridade brasileira de estatística e organização de Estados industriais OCDE, já recorreram à sua experiência em questões comerciais.
Lisandra Flach estudou Economia Empresarial e Política em Florianópolis, sua cidade natal, antes de mudar para a Alemanha, onde fez o seu doutorado em 2007 na Universität Mannheim. Cinco anos depois, ela foi para a Ludwig-Maximilians-Universität de Munique, onde é, até hoje, professora titular de Economia da Globalização. Seus interesses de pesquisa estão voltados para a economia externa, para questões fiscais internacionais, para a economia industrial e para a política desenvolvimentista.
Não teria sido por acaso que a Alemanha tivesse se tornado a sua segunda pátria, diz Lisandra Flach, mãe de uma filha de três anos. Ela já teria se interessado bem cedo pela Alemanha. “Meus antepassados vieram daqui e por isso tenho esse sobrenome”. Ela começou a aprender alemão em 2003. Seu pai, descendente de alemães, também começou aprender essa língua, para a apoiar. Neste meio tempo, Lisandra Flach tem as duas nacionalidades, a brasileira e a alemã.