“Intercâmbio internacional de conhecimento”
A economista Heike Belitz explica por que os investimentos em pesquisa das empresas alemãs no exterior podem beneficiar todos os lados.
As empresas alemãs também investem bilhões em pesquisa e desenvolvimento em locais estrangeiros. A economista Dra. Heike Belitz, do Instituto Alemão de Pesquisa Econômica, em Berlim, explica quais pesquisas estão sendo feitas no exterior e por que ambos os lados se beneficiam delas.
Senhora. Belitz, quanto dinheiro da Alemanha é destinado à pesquisa no exterior?
A escala de pesquisa e desenvolvimento das empresas alemãs no exterior somente pode ser estimada de forma aproximada. Não há estatísticas exatas. Mas meu palpite é que as despesas no exterior aumentarão um pouco. Nas 100 maiores empresas alemãs, os gastos com pesquisa em todo o mundo foram de 90 bilhões de euros em 2021. Desse total, cerca de 65 bilhões de euros foram gastos em pesquisa e desenvolvimento nacionais e, portanto, mais de 25 bilhões em outros países. Portanto, cerca de 30% dos gastos com pesquisa são destinados ao exterior.
O que está sendo pesquisado lá?
Sabemos que as grandes multinacionais geralmente fazem pesquisas muito próximas do mercado. A participação da pesquisa básica é baixa, chegando até a diminuir ligeiramente. Antes de mais nada, trata-se de trabalho de desenvolvimento. Nossas investigações revelaram que as empresas no exterior realizam predominantemente pesquisas em áreas nas quais suas pesquisas na Alemanha também são muito fortes. Se o local estrangeiro também for especializado nesses campos, essa é a chamada pesquisa complementar ao conhecimento. Cerca de 50% das pesquisas relevantes para patentes realizadas por empresas alemãs no exterior são pesquisas complementares ao conhecimento.
Quem se beneficia com a cooperação?
Por meio dessa pesquisa e desenvolvimento no exterior, há um intercâmbio internacional de conhecimento. Assim, o know-how do grupo é ampliado e também pode ser usado em outros locais. Em geral, há uma conexão com as universidades e instituições de pesquisa locais, que é de onde vem a equipe. Isso cria uma rede de pesquisa internacional ou até mesmo global, da qual todos geralmente se beneficiam.