Adaptar-se à mudança do clima

O clima está mudando no mundo todo. Essa mudança climática está interferindo nas bases existenciais de todas as pessoas. “Os ecossistemas, nós, as pessoas, e nossas infraestruturas – como o abastecimento de água, o sistema de saúde ou também as nossas cidades – estão adaptados ao clima aqui dominante”, diz Dirk Messner, presidente do Departamento Federal do Meio Ambiente (UBA). É claro que nós, na Alemanha, “estamos em melhor condição de nos preparar para uma elevação da temperatura do que outras regiões do mundo, pois as nossas condições climáticas são aqui mais favoráveis. Por isso deveríamos prestar ajuda a essas outras regiões, pois vivemos em um mundo interconectado”, diz Messner ao portal especializado “Klimareporter”. Mas ainda resta um problema: “Nossos ecossistemas não podem se adaptar assim tão rapidamente”.

A política do clima da Alemanha está construída sobre dois pilares: um deles é a luta contra a mudança do clima, mesmo evitando as emissões de gás de efeito estufa e mesmo com uma reconstrução sustentável da economia. O outro pilar é a adaptação à inevitável elevação da temperatura. Por isso, o governo federal alemão já aprovara em 2008 uma estratégia de adaptação:
 

Medidas gerais
 

• Suporte técnico para os municípios
• Prognóstico e cálculo de danos que serão causados pela mudança do clima

Melhorar a cooperação
 

• Melhor interconexão e intercâmbio de experiências entre os municípios
• Promoção de projetos inovadores
• O portal de serviços e de previdência climática KLiVO

Condições climáticas extremas: seca, calor, temporais
 

• Promoção de refrescantes áreas verdes nas cidades, instalações e proteção de corredores de ar fresco
• Estratégia de água, priorizando o aproveitamento hídrico como água potável, água de serviço, agricultura, etc.
• Fundos de climas florestais para financiar a preservação de florestas e pântanos
• Florestas em posse do Estado federado se tornam mais robustas através de reflorestamento

Inundações e enchentes
 

• Renaturalização  de várzeas para evitar as enchentes
• Melhorar a gestão das águas pluviais em zonas urbanizadas
• Melhora da proteção contra enchentes nos rios e nas regiões costeiras

Previdência para grupos de risco
 

• Promover instalações sociais em caso de adaptação
• Especializar o pessoal de setores sociais, de cuidados e de saúde
• Implementar sistemas de monitoramento nas áreas de saúde e do meio ambiente

Essas medidas têm o objetivo de reconhecer os riscos para a população, os habitats naturais e a economia, para reagir previamente. “Se acontecer uma forte mudança do clima, teremos que modificar tudo isso nos próximos decênios, para que estejamos preparados para enfrentar outras condições meteorológicas mais radicais”, diz Dirk Messner, presidente do UBA.

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