Turismo no Leste da Alemanha
Os cinco Estados no Leste da Alemanha são cada vez mais apreciados pelos turistas internacionais. Há muitos motivos para isto.
O gato de listras cinzentas quer sair na foto de qualquer maneira. Ele se senta simplesmente no banco da cafeteria ao ar livre, no meio de um panorama ímpar – como se tivesse sido ele quem arranjou tudo isto: a imponente igreja gótica, o bairro histórico cuidadosamente restaurado, a vista para um pequeno rio e a sua várzea verdejante. Se não estivesse lá embaixo a placa com o nome “Neisse”, em maiúsculas, poderíamos pensar que estamos na Itália. Uma atmosfera tão sulista nunca se esperaria da cidade mais oriental da Alemanha. Görlitz surpreende – com charme mediterrâneo e romantismo. Ao mesmo tempo, a cidade é exatamente o que se espera dela: cheia de História e de estórias. Não é de se admirar que, frequentemente, seja difícil encontrar quarto vago em hotel. A notícia já se espalhou: vale a pena fazer as malas para uma visita à cidade europeia Görlitz/Zgorzelec, onde o número de pernoites aumentou em 14% no ano de 2012.
Pesquisa: até 2020, cerca de 36% mais turistas do exterior
Não apenas Görlitz pode alegrar-se com o crescente fluxo de visitantes. O que vale para a “Pérola da Saxônia”, com seus 4000 monumentos, vale há muito tempo também para todo o Leste da Alemanha: a região está em moda para as viagens, desperta interesse crescente entre os turistas – com praias de areia branca como no Caribe, florestas virgens, regiões de lagos e de rios, modernas ofertas balneárias e esportivas, com casas de enxaimel, com episódios históricos e com cultura de renome internacional. Também os visitantes do exterior descobrem cada vez mais a atratividade dos cinco Estados federados do Leste. Um estudo prevê, até o ano de 2020, um aumento de 36% no número dos turistas vindos de longe. Isto significa cerca de 600.000 pernoites adicionais.
Um crescimento que pode ser atribuído a um conjunto ímpar de atrações turísticas, no qual cada integrante é um virtuose do seu setor. Por exemplo no Norte, em que Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental é absoluto líder na disciplina “bom tempo”, garantindo o bom humor nas férias. Um total de 2158 horas de sol é registrado no Darsser Ort, na península Fischland-Darss-Zingst. Isto significa 500 horas mais que a média alemã. Tais horas ensolaradas podem ser aproveitadas nos cerca de 1712 quilômetros da costa de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental. Pode-se contar também com uma atmosfera romântica. Somente em alamedas, o Estado possui 2588 quilômetros, amplas várzeas e bosques contribuem para que se logre aqui o maior distanciamento possível da rotina diária.
Arte e arquitetura, lagos e florestas
Também a Saxônia tem muito a oferecer: com Görlitz e com Dresden, a obra de arte total da arquitetura barroca, com Meissen, sede da mais antiga manufatura de porcelana da Europa e com a cidade das feiras Leipzig, que está entre as grandes vencedoras no turismo do Leste alemão, atingindo um aumento de 16,2% no número de pernoites. No extremo sul do Estado, o ambiente é de contos de fada: na “Ilha Cultural Einsiedel”, os visitantes podem morar como os “trolls”, que supostamente vivem ali – em pequenas casas de madeira, bem no alto das árvores.
De Brandemburgo, conta-se existir lá mais areia que gente e mais lagos que cidades. Com certeza, encontram-se lá muitos riachos, bosques, pântanos, tanques de peixes, campos, pomares, hortas de cultivo, gargantas e vales. O tratamento Kneipp na cidadezinha Buckow é no mínimo tão famoso como os seus antigos moradores Bertolt Brecht e Helene Weigel. Pensou-se também nos turistas ativos: no Baruther Urstromtal, encontra-se o mais longo percurso de patins sobre rodas da Alemanha, com 190 quilômetros de perfeito asfalto.
Nada melhor que a experiência própria
A Turíngia, com Weimar como a “cidade dos clássicos” e Eisenach, a terra natal de Johann Sebastian Bach, conta entre as suas atrações com a maior área contígua de florestas do país. Pensando em Goethe – “Só onde você foi a pé, é que você realmente conhece” – pode-se fazer uma caminhada especialmente bela no Rennsteig, percorrendo um total de 168 quilômetros. O trecho ainda nos oferece “en passant” um tesouro cultural culinário: o “Museu Alemão da Salsicha” no povoado de Wachsenburg, entre Eisenach e Gotha.
Finalmente, a Saxônia-Anhalt: o Estado tem cidades hanseáticas medievais e uma maravilhosa natureza idílica, que parece quase não ter sofrido mudanças desde os tempos do imperador Carlos IV, que viveu no século 14. O monarca gostava de passear por aqui, “em razão do perfume magnífico das flores e ervas e das belas várzeas”, informa a revista “Geo”. Assim se poderia prosseguir infinitamente – com a lista das razões para uma viagem ao Leste. Cada um dos cinco novos Estados federados tem a sua própria atratividade e oferece possibilidades quase ilimitadas de fazer feliz o visitante, na sua respectiva forma de gozar as férias. Mas: nada é melhor que a experiência própria.
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