“Continuará sendo capitão”
A Bundeswehr torna-se mais feminina, mas nomes das patentes não mudam.

A retirada do Afeganistão, talvez o maior desafio logístico na história da Bundeswehr, as Forças Armadas alemãs, é assunto de mulher. Gabriele Voyé é uma das mulheres com cargo mais alto na Bundeswehr como tenente-coronel subchefe da seção J4 no Comando de Operações em Potsdam e, assim, responsável por logística. Desde o ano de 2001, mulheres possuem acesso a todas as carreiras nas Forças Armadas. Antes, elas só podiam integrar o serviço de enfermagem ou de música militar. Atualmente, aproximadamente 18 500 mulheres servem na Bundeswehr, o equivalente a 10% de todos os soldados.
No princípio houve irritações, não nega Voyé. Por exemplo, com os nomes das patentes. “Para mim são como nomes próprios, expressões amadurecidas historicamente. Eu fico com a terminologia masculina”, diz ela. Tudo mais está em estado de observação. Desde que Ursula von der Leyen tornou-se a primeira ministra federal da Defesa, vem ocorrendo uma mudança cultural. “A Bundeswehr é uma força voluntária. Ou seja, ela concorre com empresas civis e precisa, portanto, ser uma empregadora atraente”, diz a ministra. Creches, por exemplo, hoje fazem parte da oferta aos contratados.