“Revolução em grande escala”
A formação de governo e a entrada da AfD, populista de direita, no Bundestag ocupam as páginas dos grandes jornais alemães.
"Die Welt"
“A Alemanha está diante uma complicada formação de governo. Pois no futuro Bundestag, nem a ala esquerda (SPD, A Esquerda, Os Verdes), nem a chamada ala burguesa (CDU/CSU, FDP) pôde juntar uma maioria de mandatos. Matematicamente, só podem formar maioria uma grande coalizão, bem como uma coligação entre a União, o FDP e Os Verdes (Jamaica). Mas, na noite das eleições, os socialdemocratas deixaram bem claro, que não estão mais à disposição para uma nova grande coalizão”.
“Frankfurter Allgemeine Zeitung”
“Uma aliança negra-amarela-verde ainda falta à Merkel na sua coleção de coalizões. (…) No que se refere aos Verdes, a chanceler praticamente não tem medo do contato. Mas a CSU, que enfrentará eleição para o Parlamento estadual no próximo ano, tem dificuldades inigualáveis, principalmente depois do fraco resultado obtido. O início do governo negro-amarelo-verde, caso ele seja realmente formado, terá conturbação inerente, e não magia”.
“Die Zeit”
“Agora ocorre o que muitos temiam antes da eleição: a AfD torna-se terceira força no Bundestag, com cerca de 13%. Um choque previsto. Os dois velhos partidos populares, a União e o SPD, que governaram nos últimos quatro anos, perderam muito apoio”.
“Süddeutsche Zeitung”
“Com essa eleição, a República foi desafiada pela direita. As consequências políticas ainda não podem ser avaliadas. Mas uma coisa é certa: o consenso democrático básico e o tratamento recíproco civilizado serão submetidos à sua maior prova até agora. Uma bancada no Parlamento não irá mais respeitá-los, mas sim combatê-los”.