“Trocar e partilhar” em Weimar
Mais de 300 peritos discutirão sobre “sharing” e as bases da prática cultural humana no Simpósio Cultural do Instituto Goethe
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Por que as pessoas trocam e partilham? Um simpósio do Instituto Goethe pesquisará a fundo esta questão. Esse simpósio é o ponto de partida de uma nova série de eventos e trará, pela primeira vez, os peritos internacionais do Instituto Goethe para a Alemanha, para discutir sobre questões sociais globais. Esses peritos de alto gabarito da economia, cultura e política discutirão durante três dias, em 75 eventos, sobre o tema “Trocar e partilhar” – as bases universais da prática cultural humana –, expondo ideias e oferecendo impulsos.
Todos os interessados poderão participar do Simpósio Cultural de Weimar, que acontece de dois em dois anos. Modelos tradicionais, como conferências e painel de discussões em quinze lugares em Weimar serão acompanhados por discussões em formato de “Fishbowl”, por ações de troca e por outras intervenções artísticas. Previamente, os Institutos Goethe do estrangeiro já terão desenvolvido as perspectivas de diversas culturas em inúmeros eventos.
Construir e aprofundar relações
“O vir a ser humano realiza-se em trocar e partilhar, ou seja, não somente em comerciar com mercadorias para obter lucro, mas, antes de tudo, para construir relações com outros, para mantê-las e aprofunda-las”, diz Andreas Ströhl, diretor de projeto do Simpósio Cultural de Weimar. O que é óbvio em situações de emergência ou entre refugiados tem valor fundamental, pois “trocar e partilhar são necessidades existenciais e constantes antropológicas, gestos comunicativos e sociais que devem dar sentido à vida”. Se hoje se fala de troca e partilha, o que segue imediatamente é o conceito “Sharing Economy”, que designa uma economia melhor, que preserva os recursos, trazendo benefícios para o nosso planeta e para o ser humano.
Tomáš Sedláček, economista tcheco, e Jeremy Rifkin, crítico social e autor muito popular, discursarão no ato de abertura deste simpósio. Tendo em vista a situação de migração, fuga e crescente desigualdade, Antonio Nergri, italiano e crítico da globalização, pergunta: “O que estamos prontos para partilhar?”. Michael Hüther, Evgeny Morozov e Ulrich Schwalbe discutirão sobre “sharing, mercado e regras“. Em seguida acontecerão outros pódios de discussão com o método cooperativo de trabalho em grupo “World Café”.
Intercambiar valores e ideais através do smartphone.
Será também muito interessante participar do jogo “Being Faust – Enter Mephisto”, desenvolvido pelo coreano Nolgong, com a cooperação do dramaturgo Benjamin von Blomberg, sendo que os participantes poderão se comunicar pelo smartphone para intercambiar valores e ideais. Será a estreia deste jogo em Weimar.
Simpósio Cultural do Instituto Goethe, de 1 a 3 de junho de 2016 em Weimar