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A arquiteta das emoções

Construção da paz por meio de projetos entre a Alemanha e a Colômbia: Carolina Saldarriaga Cardona investiga o papel das emoções nos conflitos territoriais da Colômbia.

Jessica KraußJessica Krauß, 31.07.2024
Carolina Saldarriaga Cardona é doutoranda em Estudos Urbanos e Territoriais.
Carolina Saldarriaga Cardona é doutoranda em Estudos Urbanos e Territoriais. © Andres Bo

“Depois de tantas décadas de guerra na Colômbia, é importante entender a estreita ligação entre emoções, conflitos e territórios”, diz Carolina Saldarriaga Cardona, de Medellín, na Colômbia. A arquiteta está atualmente trabalhando em sua tese de doutorado sobre o tema “Formas territoriais de expressão do luto. Por que os sentimentos são importantes para os territórios?” ("Territorial expressions of grieving. Why are emotions important for the territory?“). 

Saldarriaga Cardona é bolsista do Programa de Apoio a Estudos de Doutorado (DSSP) sobre Paz Ambiental e Desenvolvimento na Colômbia. O programa de treinamento e pesquisa se concentra na construção de paz ecológica e no desenvolvimento na Colômbia e foi desenvolvido e implementado pelo Centro de Pesquisa de Desenvolvimento da Universidade de Bonn e pelo Instituto de Estudos Ambientais da Universidade Nacional da Colômbia, em Bogotá, desde 2017. O programa é uma das sete SDG Graduate Schools financiadas pelo Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD). Elas reforçam a cooperação entre as universidades alemãs e seus parceiros na América Latina, África e Ásia. O objetivo é criar parcerias globais para alcançar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (SDGs) das Nações Unidas. 

Com sua pesquisa, Saldarriaga Cardona quer mostrar a transformação cultural e territorial da Colômbia usando o exemplo de Bajo Atrato. Essa região no noroeste do país é uma área ecológica e estrategicamente importante devido às suas densas florestas tropicais e solos férteis. Portanto, desde a década de 1990, Bajo Atrato tem sido repetidamente o foco de conflitos armados, expulsões e violações de direitos humanos. Atualmente, as comunidades estão enfrentando o desafio de recuperar seu espaço vital e restaurar os direitos à terra com o apoio de organizações internacionais. Algumas pessoas veem um território apenas como um pedaço de terra, diz Saldarriaga Cardona, mas para muitos ele está intimamente ligado à sua própria cultura e identidade. Essas dimensões devem ser incluídas com mais destaque na pesquisa.

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