“Os cientistas têm de interferir”
A Falling Walls Conference 2018 reúne os cientistas de todo o mundo em Berlim, onde se tratam de temas que transformam o mundo.
Jürgen Mlynek, presidente do conselho administrativo da Falling Walls Foundation, convida os melhores cientistas e os jovens talentos para vir à conferência Falling Walls 2018 de Berlim.
Senhor professor Mlynek, quais são os pontos centrais de Falling Walls 2018?
Muitas exposições e discussões se referem à inteligência artificial. O tema central é “The Human Genius in the Age of Artificial Intelligence”. No programa principal de Falling Walls, Bernhard Schölkopf, detentor do Prêmio Leibniz, abordará o tema da inteligência artificial. Nós conseguimos estruturar um amplo leque temático: das ciências neurológicas e da sustentabilidade na indústria até as questões sobre o futuro da democracia.
O livre intercâmbio científico está internacionalmente sob pressão. As vozes populistas e nacionalistas estão se tornando mais altas. O que isso significa para a ciência?
Nós, os cientistas, temos de interferir cada vez mais. Precisamos da coesão europeia e precisamos da cooperação europeia, do contrário não poderemos mais competir com os EUA e com a China. Mas esses países também não podem superar sozinhos os grandes temas futuros da ciência. Por isso, temos de unir nossos esforços, prescindindo dos nossos interesses nacionais particulares. Falling Walls é um argumento convincente para que os cientistas internacionais colaborem, apresentando publicamente o valor social dos seus trabalhos.
O laboratório Falling Walls se dirige aos jovens cientistas?
Sim. São 100 jovens cientistas de todo o mundo que virão para Berlim. Eles se qualificaram em inúmeros laboratórios Falling Walls de muitos países, participando também em concursos nos Centros Alemães de Inovação e Ciência (DWIH) de Nova York, São Paulo, Moscou, Nova Délhi, e Tóquio. O desafio que eles enfrentarão, será transmitir, em discursos de três minutos, a relevância dos sues temas científicos atuais. São exatamente essas exposições que são necessárias para entrar em diálogo com a sociedade e também com a política.
Entrevista: Johannes Göbel
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