Reavaliação por meio de pesquisa
O programa de bolsas de estudo do DAAD, German Colonial Rule, apoia estudantes de doutorado de países que estavam sob o domínio colonial alemão.
Bettina Mittelstraß,
12.04.2023 
É um capítulo curto da história alemã, mas pesa muito. Desde 1884 até o final da Primeira Guerra Mundial, o Império Alemão manteve numerosas colônias, inclusive nos territórios atuais da Tanzânia, Burundi, Ruanda, Namíbia, Camarões, Togo e Gana. Também foram estabelecidas colônias em Kiautschou chinês, nas ilhas do Pacífico de Papua Nova Guiné, Samoa, Nauru, Ilhas Caroline, Palau, Marianas e Ilhas Marshall.
Programa DAAD sobre a história colonial
O relacionamento com o passado colonial da Alemanha ainda hoje é um capítulo inacabado. O governo federal e numerosos especialistas na Alemanha consideram, portanto, que mais pesquisas sobre a história colonial alemã são particularmente importantes. Desde 2022, jovens pesquisadores de países que estavam sob o domínio colonial alemão têm se dedicado a questões antes não respondidas – no programa German Colonial Rule (GCR) do Governo Colonial Alemão (GCR) do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD), que é financiado pelo Ministério das Relações Exteriores.
Pesquisa e intercâmbio internacional
O trabalho de pesquisa dos bolsistas das áreas de história, ciência política e estudos culturais trata, por exemplo, do mundo do trabalho na Namíbia, do tratamento dado pelos governantes coloniais aos povos indígenas nos Camarões, da influência das comunidades religiosas da Alemanha na Tanzânia ou da história colonial alemã no Burundi. No âmbito das oito teses de doutorado planejadas - que serão supervisionadas bilateralmente – será concedido financiamento, entre outras coisas, para pesquisa de campo em países anteriormente colonizados, mas também para pesquisa histórica nos arquivos federais e nos arquivos políticos do Ministério das Relações Exteriores. Além disso, colóquios como o de Burundi em fevereiro de 2023 servem como um intercâmbio internacional regular.
Para o presidente do DAAD, o professor Joybrato Mukherjee o programa piloto é pioneiro: “Dessa forma, nós, como DAAD, estamos ajudando a assumir a responsabilidade histórica e moral pelo sofrimento que tem surgido para as pessoas em muitos países da África e da Ásia, e estamos lançando as bases para a futura cooperação acadêmica internacional na pesquisa colonial.”
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