Para diagnósticos mais rápidos

Rocío Acuña Hidalgo iniciou seus estudos de medicina no México com o objetivo de se tornar uma dermatologista. Em vez disso, ela agora dirige uma startup em Berlim: Com sua empresa Nostos Genomics, a geneticista humana quer acelerar as análises de DNA. Assim, os pacientes com doenças genéticas poderiam ser diagnosticados mais rapidamente e receber o tratamento correto. 

Doutorado no Instituto Max Planck de Genética Molecular

Acuña Hidalgo une ciência e tecnologia. “Percebi rapidamente, durante meus estudos, que estava mais interessada nessa interação do que em trabalhar em uma clínica.” Na época, ela estava particularmente entusiasmada com a pesquisa sobre o câncer e acabou deixando o México para continuar sua pesquisa na Europa. Lá, ela descobriu uma nova paixão pela genética. Para seu doutorado no Instituto Max Planck de Genética Molecular, em Berlim, ela começou a analisar dados genéticos e também aprendeu sozinha a programar. 

Ao mesmo tempo, ela estabeleceu contatos com organizações de pacientes com doenças genéticas. Esse diálogo próximo com as pessoas afetadas a motivou muito, diz a médica. Ela decidiu deixar o mundo acadêmico e fundar uma startup, com o objetivo de “causar um impacto na vida das pessoas que sofrem de doenças genéticas”. 

Berlim como um ponto de encontro para fundadores

Em Berlim, Acuña Hidalgo também aprendeu sobre um programa internacional que apoia fundadores. A médica conheceu seu cofundador, David Gorgan, por meio do “Entrepreneur First”. De qualquer forma, Berlim desempenhou um papel importante em sua fundação: “Há uma grande comunidade de startups em inglês à qual você pode recorrer, além de eventos nos quais você pode conhecer pessoas e fazer perguntas. Isso foi muito útil.”

Seu engajamento em redes para mulheres em cargos de gerência também a ajudou. A Acuña Hidalgo também favorece a diversidade entre seus funcionários. “Temos um escritório em Berlim, mas em nosso setor, em particular, é importante reunirmos talentos tecnológicos de todo o mundo.” Ela vê isso como um grande enriquecimento. “Todo mundo tem um ponto de vista diferente e traz sua própria abordagem para a mesa. No México, por exemplo, somos muito educados e nunca dizemos abertamente o que pensamos. Na Europa, as pessoas de repente se tornaram brutalmente honestas”, lembra ela, rindo.