Berlim promove a arte internacional

No centro do espaço da exposição inundado de luz na Haus am Lützowplatz, em Berlim, há uma escultura grande e escura coberta de pele de cabra e de bezerro. Ela lembra um iglu ou uma pequena cabana. A artista Sati Zech criou-a como um símbolo do anseio por um abrigo. Na parede oposta, está pendurada a série de fotos “Les Fleurs de Damas”, da artista francesa Paola Yacoub. Suas fotografias mostram vendedores de rosas que, nas ruas de Beirute, são suspeitos de serem membros do serviço secreto sírio. Um total de 27 obras será exibido aqui na Lützowplatz e no Neuer Berliner Kunstverein (n.b.k.). Os trabalhos exibidos na exposição “A Home for Something Unknown” têm apenas uma coisa em comum: Todos os artistas foram premiados com a Bolsa de Artes Visuais do Senado de Berlim. 

A cidade de Berlim promove o setor artístico ativo 

“Os bolsistas internacionais incluem tanto jovens artistas que estão apenas começando suas carreiras quanto artistas experientes que são conhecidos no setor artístico há vários anos”, explica Ines Borchart, uma das quatro curadoras da exposição. Nesse ano de financiamento, pela primeira vez, foram selecionados 27 candidatos para a bolsa de estudos, em comparação com apenas metade do número de candidatos nos anos anteriores.  

A cidade de Berlim quer promover o setor artístico ativo. Ao dobrarem e expandirem internacionalmente a seleção de artistas patrocinados demonstram a grande importância das artes visuais para a vida cultural de Berlim. E ainda mais: a curadora do n.b.k., Layla Burger-Lichtenstein, também vê as bolsas como uma expressão do cosmopolitismo ativamente apoiado pela capital alemã. Cada bolsista recebe 24.000 euros por doze meses e tem o objetivo de permitir que os beneficiários se concentrem em seu trabalho artístico por um ano.