Antigas minas, nova cultura em Chemnitz

A mineração é uma parte fundamental da história industrial alemã. Durante séculos, matérias-primas importantes, como o lignito e o carvão mineral, foram extraídas para a queima em minas e poços profundos. Ainda hoje é possível ver os rastros da história da mineração alemã. Em regiões como a área do Ruhr ou as Montanhas de Minério, muitas minas de carvão desativadas foram transformadas em locais culturais ou até mesmo protegidas como Patrimônio Mundial da UNESCO. Chemnitz, a Capital Europeia da Cultura, também já foi uma cidade de mineração, como se pode ver no programa do Ano da Cultura. 

A exposição “Brilho da prata e morte dos mineiros” 

Durante três milênios e meio, as pessoas têm minerado prata, estanho, cobalto, caulim, ferro e urânio, além de carvão, nas Montanhas de Minério. A exposição de abertura do Ano da Cultura de Chemnitz foca nos vários aspectos da mineração. É uma questão de tecnologia e inovação, de poder e exploração, de paisagens e riqueza, de pessoas e natureza. 

A trilha da arte e da escultura “Purple Path” 

Em mais de 38 cidades e municípios da região de Chemnitz, as obras de artistas internacionais e regionais foram coletadas em uma trilha de esculturas para o Ano da Cultura de 2025. O museu descentralizado no espaço público reflete artisticamente os 850 anos de história da mineração na Saxônia seguindo o lema: “Tudo é proveniente da montanha.” As esculturas parecem lembrar rochas rachadas e abetos escamosos, mas também fumaças e quebra-nozes das Montanhas de Minério. 

As fotografias “Melting Pott” 

Till Brönner é o trompetista de jazz da Alemanha mais reconhecido internacionalmente. Ele dedicou um ano de sua carreira ao visual ao invés do acústico, viajando pela área do Ruhr e explorando fotograficamente a antiga região de mineração. Chemnitz, a Capital da Cultura, apresenta sua exposição “Melting Pott”. Na exposição, há fotografias de mineração de carvão, trabalhadores siderúrgicos e prédios industriais antigos.