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Intercâmbio entre reservas da biosfera

Die Rhön in Deutschland und BIOAY in Peru verbindet eine Partnerschaft. Im Rahmen des Austausches werden Freiwilligendienste angeboten.

Lauralie Mylène Schweiger, 03.03.2022
A reserva da biosfera Oxapampa-Asháninka-Yánesha (BIOAY) no Peru
A reserva da biosfera Oxapampa-Asháninka-Yánesha (BIOAY) no Peru © Staatliche Naturschutzagentur, Peru

Lena Gräfenschnell e Maja Büttner, que concluíram a escola média com “Abitur”, estão se dedicando intensamente à proteção do clima por um ano no Peru. Desde outubro de 2021, elas estão na reserva da biosfera Oxapampa-Asháninka-Yánesha (BIOAY). “A proteção do meio ambiente é um tema global. Por isso devemos nos inteirar das posições e situações em diferentes lugares do mundo”, diz Lena Gräfenschnell, de 18 anos de idade. A sua colega Maja Büttner, de 19 anos de idade, também decidiu participar desse programa. Ela trabalha na administração da BIOAY em Oxapampa. As duas jovens são pioneiras, pois são as primeiras voluntárias de intercâmbio no programa de parceria entre as reservas da biosfera da Unesco: a de Rhön, na Alemanha, e a de BIOAY, no Peru. “Podemos aprender tão bem uns dos outros, obtendo mais conhecimentos através das experiências dos outros”.

Parceria para a sustentabilidade

A parceria entre Rhön e BIOAY começou em abril de 2021. Essas duas regiões fazem intercâmbio sobre os  temas da sustentabilidade, promovendo juntas a exploração sustentável dos solos e a consequente luta contra a mudança do clima. Ambas as regiões também visam promover a formação ambiental e intensificar a participação da população local no projeto.

São 10 mil quilômetros de distância que separam as duas reservas. A BIOAY fica na região trópica central do Peru, enquanto a reserva de Rhön abrange a região do mesmo nome das Montanhas Centrais, que se estende na Alemanha pelos Estados de Hessen, da Baviera e da Turíngia. Um produto comum simboliza essa parceria: o café “Biosphäre² – Peru trifft Rhön” (“Biosfera² – Peru encontra-se com Rhön”). As reservas da biosfera trabalham com cultivadores de café e uma série de empresas de torrefação, as quais dão emprego a pessoas deficientes.

O Café-Rhön é o símbolo da parceria entre as duas reservas da biosfera.
O Café-Rhön é o símbolo da parceria entre as duas reservas da biosfera. © BRR (Verwaltungsstellen Biosphärenreservat Rhön Bayern, Hessen, Thüringen)

 Atuando diversamente por um objetivo comum

O acordo de parceria foi assinado virtualmente pelos representantes das duas reservas da biosfera, sendo que um verdadeiro intercâmbio só pode existir nos próprios países. Por esta razão, os parceiros instalaram o serviço voluntário, que também é promovido pela associação registrada “Ecoselva” e pela organização alemã “weltwärts”, que possibilitam aos jovens ganhar experiências no estrangeiro e na cooperação para o desenvolvimento.

Maja Büttner, Lena Gräfenschnell e outros voluntários ajudam onde podem. Maja Büttner desenha gráficos de informação para Facebook e Instagram. E ela também viaja pela região para explorar novas áreas ou informar a população sobre novas leis, como a proibição de embalagens de isopor. Lena Gräfenschnell dá aulas de inglês em uma escola a duas horas de distância de Oxapampa. Estas duas alemãs não ficam apenas conhecendo o trabalho na reserva da biosfera, mas também os diferentes modos de abordagem da temática. Ao lado de suas atividades, elas podem aperfeiçoar os seus conhecimento de espanhol.

Maja Büttner (ao centro) e Lena Gräfenschnell (à direita) com outros voluntários
Maja Büttner (ao centro) e Lena Gräfenschnell (à direita) com outros voluntários © Privat

Proteção ambiental como motivação

As duas jovens sabem que suas atividades têm seus limites: “Não podemos sobrestimar o que podemos alcançar”, diz Maja Büttner. Ela pretende estudar Medicina e queria primeiramente fazer uma pausa depois da conclusão ginasial. Lena Gräfenschnell acha que pode continuar trabalhando na cooperação para o desenvolvimento e, por isso, queria ganhar experiência profissional com essa estadia no Peru.  

O que ambas queriam realmente era fazer algo útil. No primeiro estágio prático na reserva de Rhön, elas já tinham notado a escassez de animais por causa da aridez. E no Peru, o período de chuvas quase já não existe mais. “A proteção do clima é muito importante para nós”, acentuam as duas jovens, que, antes da estadia no estrangeiro, eram integrantes do movimento “Fridays for Future”. “Para nós estava bem claro que nos empenharíamos nessa direção”. Elas continuarão ganhando experiência no Peru até agosto. Depois, outros voluntários serão enviados para lá como também outros voluntários da reserva BIOAY para a reserva de Rhön.