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Capital Verde da Europa

Essen, na Região do Ruhr, porta em 2017 o título de “Capital Verde da Europa”, concedido pela Comissão de Meio Ambiente da UE.

20.06.2016
© dietwalther/Fotolia - Panorama der Kokerei der Zeche Zollverein Essen NRW

Capital Verde da Europa? Uma aspiração muito alta. Quem sobe ao mirante do Museu do Ruhr, em Essen, tem pelo menos a impressão de que o título não pode estar muito errado nesta região. Daí de cima, pode-se olhar até às cidades vizinhas, por cima de velhas instalações industriais e de novas áreas residenciais. De entremeio: muita, mas muita natureza. Mais de 54% da área de Essen não são construídas, a cidade na Região do Ruhr é a terceira mais verde da Alemanha.

Isto nem sempre foi assim. Sob os pés dos visitantes do mirante encontrava-se antigamente a “lavagem do carvão” da Zeche Zollverein – antigamente a maior mina de hulha do mundo, hoje Patrimônio Cultural Mundial da UNESCO. Nesse prédio, o carvão extraído era classificado por qualidade e separado das pedras sem valor. Em outros lugares da cidade, rangiam ao mesmo tempo as torres de extração de muitas outras minas, fumaça era expelida por numerosas chaminés: durante muito tempo, Essen foi visivelmente marcada pelo carvão e pelo aço. Capital Verde – logo aqui?

“Nós estamos devolvendo o rio às pessoas”

Quase ninguém argumenta a favor com mais entusiasmo do que Simone Raskob. “Essen como Capital Verde da Europa – isto não é nenhuma exposição de jardinagem, isto é uma visão de planejamento urbano”, afirma a secretária do Meio Ambiente da cidade e começa logo a falar sobre dois projetos, pelos quais ela tem uma preferência especial. Pois, ao lado do verde, também a cor azul desempenhou um papel importante na bem-sucedida candidatura de Essen ao título concedido pela Comissão do Meio Ambiente da União Europeia. “Nós estamos devolvendo o rio às pessoas”, afirma Raskob, referindo-se ao rio Emscher. Com a industrialização, o Emscher tornou-se um rio de esgoto – o que teve como consequência, que ninguém mais queria aproximar-se das suas margens. Hoje, ele está sendo recuperado para a sua situação natural, por centena de milhões de euros; o esgoto escoa através de canais subterrâneos. E no rio vizinho Ruhr, a “artéria” da Região do Ruhr, a qualidade da água é entretanto tão boa, que as pessoas poderão voltar a banhar-se nele dentro em breve.

Para tornar-se Capital Verde da Europa – após Estocolmo, Hamburgo, Vitoria-Gasteiz, Nantes, Copenhague, Bristol e Liubliana – era preciso, naturalmente, de ainda mais: conceitos amplos de qualidade do ar, de eficiência energética, gerenciamento de lixo e outras coisas mais. Também o trânsito é um tema central. Nisto, Raskob pode citar os velhos leitos ferroviários, que estão sendo transformados em ciclovias. Desta forma está surgindo a “Ciclovia Expressa Ruhr S 1”: numa extensão de cerca de 100 quilômetros, ela ligará futuramente diversas cidades da Região do Ruhr.

gruene-hauptstadt.essen.de

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