Juntos. Relançar a Europa.
A Alemanha assume a presidência do Conselho da UE por um semestre: uma tarefa nada fácil nesta época do coronavírus
Como doutora em Física, Angela Merkel sabe exatamente que coisas pequenas podem liberar forças enormes. E, apesar disso, ela compartilha com gente de todo o mundo a perplexidade sobre a força com que o coronavírus atinge as sociedades e as economias. “Um vírus com um diâmetro de 140 nanômetro desenvolveu um poder de efeito global”, afirmou a chanceler alemã no final de maio, em pronunciamento durante um evento da Fundação Konrad Adenauer em Berlim. E como o vírus põe em dúvida muitas supostas certezas, ele também impôs uma nova orientação à presidência alemã do Conselho da UE. Em 1º de julho, a Alemanha assumiu a presidência do Conselho por um semestre, de acordo com o habitual rodízio. Uma oportunidade de moldar a Europa ainda mais fortemente e de determinar temas prioritários”.
A superação conjunta da crise estará agora, inevitavelmente, no centro dos trabalhos na presidência do Conselho. Isso encerra também uma chance, segundo Angela Merkel. “Para mim, está claro desde já: a Europa pode sair mais fortalecida da crise, do que estava antes dela. Para que possamos fazer jus a essa aspiração, há para mim um motivo condutor, qual seja: coesão europeia e solidariedade europeia”. Ao lado da abordagem das consequências da pandemia, não se deve desviar as atenções contudo dos temas globais do futuro, que a Alemanha desejava de qualquer maneira tornar prioridade na sua presidência do Conselho. Tanto mais que eles estão estreitamente ligados com a pandemia: a proteção do clima e a economia sustentável fazem parte disso, tanto quanto a digitalização e o papel da Europa no mundo”.
A presidência do Conselho será marcada por uma visão para além da própria região – mesmo que, ao mesmo tempo, a reconstrução econômica da Europa e a manutenção da coesão europeia tenham de ter êxito. “Eu desejo que a União Europeia mostre solidariedade também global e assuma maior responsabilidade”, segundo Merkel. “A pandemia vai levar, em muitos lugares, a um agravamento dos conflitos existentes e a problemas, sendo assim também um teste de resistência para a capacidade de ação da política externa e de segurança da União Europeia”. A UE precisa defender mundialmente, ainda mais, os seus valores como democracia, liberdade e proteção da dignidade humana.
“Trio presidencial do Conselho” com Portugal e Eslovênia
As relações entre a UE e a China desempenham concretamente um papel importante na presidência alemã do Conselho da UE – que a Alemanha interligou estreitamente com seus dois sucessores à frente do órgão, Portugal e Eslovênia, formando o “trio de presidência do Conselho”. Também a parceria com a África deverá ser aprofundada. Estão planejadas conferências de cúpula tanto com a China, como também com a União Africana. Quando e de que maneira elas serão realizadas – também quanto a isso, um vírus de 140 nanômetro terá uma certa influência. Contudo, ele não poderá mudar o fato de que haverá um intercâmbio.
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