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Separados pelo isolamento do coronavírus

As restrições de viagem em virtude do coronavírus atingiram duramente muitos casais binacionais. Conversamos com um deles.

Kim Berg, 20.09.2020
Fernbeziehung
© Getty Images

267.840 minutos, 4.464 horas, 186 dias, meio ano. Essa foi a última vez que Felix (27) e sua namorada Hannah (25) se viram. Hannah é americana e vive em Brooklyn, Felix é alemão e vive em Berlim. Os dois são um casal há mais de um ano – em dois continentes distintos. Eles se conheceram em Berlim, em 2019, durante a viagem de Hannah pela Europa. Apesar da distância, o casal se encontrava quase todos os meses. Mas então veio a pandemia do coronavírus – e a entrada na União Europeia tornou-se praticamente impossível para parceiros não casados de terceiros países.

O isolamento e o fechamento de fronteiras separam os casais binacionais

“Foi um momento muito difícil para nós”, diz Félix. Hannah perdeu seu emprego em Nova York devido ao isolamento e, em consequência disso, seu seguro de saúde e, mais recentemente, seu apartamento. Embora os dois tenham se comunicado regularmente por Skype, “é claro que eu não pude ajudar a ela como gostaria de fazer”, explica o berlinense.

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Em Berlim, Felix trabalha para um deputado do partido A Esquerda. Junto com seu chefe, ele lançou a petição #LoveIsEssential, que reivindica do Ministério do Interior uma solução mais rápida para casais binacionais e que foi assinada por mais de 100 deputados de diferentes partidos.

Foi uma boa experiência que diversos partidos tenham feito um esforço conjunto para encontrar uma solução.
Felix

Os organizadores programaram manifestações em Berlim, Frankfurt e Hamburgo e convidaram oradores de todos os partidos. “Foi uma boa experiência que, com poucas exceções, diversos partidos tenham feito um esforço conjunto para encontrar uma solução”.

A entrada de parceiros estrangeiros é possível desde agosto

Eles alcançaram um sucesso parcial: desde 10 de agosto de 2020, alguns casais binacionais não casados foram autorizados a se encontrar novamente na Alemanha. O pré-requisito para isso é uma “parceria de longo prazo”. Os casais devem ter se encontrado pessoalmente na Alemanha ou ter compartilhado uma residência no exterior.

Antes do isolamento, Felix e Hanna se encontravam em Nova York.
Antes do isolamento, Felix e Hanna se encontravam em Nova York. © privat

Felix e Hannah cumpriram o enorme esforço burocrático necessário para a entrada no país. Hannah desembarcou na Alemanha no dia 1º de setembro de 2020. “Um êxito para nós, mas as restrições de entrada ainda separam muitos casais e a concessão de vistos é muitas vezes difícil”, diz Felix. Em outubro, Hannah terá de voltar aos EUA, onde ficará inicialmente com seus pais. Até lá, os dois alegram-se pelo tempo que passam juntos, pois ainda não sabem o que acontecerá depois.

© www.deutschland.de

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