Cúpula da UE: acordo sobre armamento
O presidente Macron disponibiliza armas nucleares para o escudo de defesa europeu. O chanceler Scholz está cético, mas seu provável sucessor, Merz, está disposto a dialogar.

Bruxelas (dpa/d.de) - Como reação à mudança de rumo da política externa dos EUA sob o comando do presidente Donald Trump, a UE quer se armar de forma maciça. Em uma cúpula da UE, todos os 27 estados-membros apoiaram a iniciativa da Comissão da UE de fornecer até 150 bilhões de euros em empréstimos da UE para investimentos em defesa e permitir exceções às regras de dívida da UE para a defesa.
O presidente da França, Emmanuel Macron, apresentou um ponto de discussão com seu novo impulso para um escudo de defesa nuclear europeu baseado nas armas nucleares francesas.
O chanceler federal cessante, Olaf Scholz (SPD), quer manter o atual sistema de intimidação da OTAN baseado nas armas nucleares dos EUA. “Ninguém está planejando sair da situação atual em que temos um acordo na OTAN. Essa também é a posição comum de todos os partidos relevantes na Alemanha”, disse ele.
Durante seu anúncio, Macron também se referiu às declarações feitas pelo provável futuro chanceler Friedrich Merz (CDU). Merz havia dito em uma entrevista pouco antes das eleições para o Parlamento Federal que era necessário dialogar com as potências nucleares europeias, Grã-Bretanha e França, sobre o compartilhamento nuclear ou, pelo menos, sobre a segurança nuclear.