O carro autopilotado
Um carro de condução automática ganha uma corrida contra o mesmo modelo pilotado por um motorista.
Quem ganha a corrida? Entre a indústria automobilística e o setor de TI surgiu uma competição internacional sobre o futuro do automóvel. Ponto central: a condução autônoma. A gigante da TI, a Google, mandou construir uma frota de 150 carros autopilotados para testes. Os fabricantes alemães de carros de luxo Mercedes, Audi e BMW retrucaram com protótipos futurísticos e velozes. Participam também os fornecedores alemães de componentes automobilísticos Continental, Bosch ou ZF, que possuem uma grande parte do know-how para sistemas de assistência ao motorista. O fato é que se trata de um mercado bilionário do futuro. A empresa de consultoria empresarial Roland Berger calcula que apenas o mercado para sistemas de assistência irá crescer para mais do triplo até o ano de 2020.
Como é a situação atual? Enquanto os pequenos carros redondos de dois lugares da Google lembram antes de tudo carros de brinquedo e o veículo de pesquisa da Mercedes, F015 Luxury in Motion, só entusiasmou inicialmente os fãs da eletrônica de lazer na feira do setor CES em Las Vegas, foi a Audi que logrou o projeto até agora mais impressionante. O carro autopilotado de competição Audi RS 7 piloted driving concept dispõe de oito cilindros, 560 HP, tração nas quatro rodas e atinge uma velocidade máxima de 306 km/h. No entanto, os critérios decisivos escondem-se por trás da sigla “zFAS”. Ela quer dizer “sistema central de assistência de condução”. O sistema que processa em tempo real os dados de GPS com precisão de centímetros, imagens de câmeras 3-D ultrarrápidas e outras informações. Nos testes no autódromo de Hockenheim, o carro alcançou até 240 km/h. No exigente circuito Ascari, na Espanha, chegou a 205 km/h. Um redator do conceituado semanário alemão “Die Zeit” arriscou fazer um teste próprio, competindo como motorista de um modelo equivalente contra o RS 7 autopilotado. Resultado: no circuito de mais de 5000 metros, o redator foi 20 segundos mais lento.
Os primeiros sistemas em série
Apesar do desenvolvimento avançado, a condução inteiramente autônoma ainda vai tardar vinte a trinta anos, segundo avaliação dos especialistas. Mas ainda na década atual haverá sistemas isolados como equipamento de automóveis de série – como, por exemplo, o “Staupilot” (piloto de engarrafamento) da Audi, que assume a condução do veículo num trânsito lento entre 0 e 60 km/h, acelerando e freando conforme de maneira autônoma, segundo a necessidade.