“O capital da economia atual”
Por que a diversidade é decisiva para o sucesso das empresas? A idealista Aletta von Hardenberg tem argumentos convincentes.
A condessa Aletta von Hardenberg é desde 2011 gerente da Carta da Diversidade, a maior rede de empresas e instituições no campo da diversidade. Antes, ela fora membro da diretoria do Banco Alemão, responsável pela gestão da diversidade na Alemanha.
Senhora von Hardenberg, sob a pressão do desenvolvimento demográfico, a diversidade vem tendo uma importância cada vez maior para as empresas. Esse tema surgiu da necessidade?
Não! Esse tema surgiu do conhecimento de que as empresas e as instituições têm mais sucesso e se tornam melhores se elas vivenciarem a diversidade como cultura organizatória, examinarem seus processos internos e implantarem grupos mistos. Isto já existia muito antes dos atuais desafios da demografia. Certo é que o desenvolvimento demográfico faz com que a diversidade ganhe maior atenção.
Pode se comprovar que grupos mistos encontram soluções melhores?
Existem diversas pesquisas que o comprovam, como a nossa própria pesquisa “Diversidade na Alemanha”, que publicamos em cooperação com a empresa de auditoria EY, por ocasião do nosso 10º aniversário de existência. Mas é suficiente que tenhamos o seguinte reconhecimento: A Alemanha é hoje tão diversificada como nunca antes, não importando em qual dimensão refletimos sobre essa diversidade, seja a origem étnica, a identidade sexual, a religião, a ideologia, as deficiências visíveis ou invisíveis e assim por diante. Se o senhor quiser explorar esse mercado, o senhor terá de pensar na diversidade e aplica-la.
A senhora poderia citar um exemplo da economia alemã?
Penso, por exemplo, no processo de escolha de candidatos e candidatas. Muitas organizações modificaram esse processo, livrando-os de estereótipos. Um exemplo é a Deutsche Telekom que aposta em um processo de escolha de aprendizes orientado na capacidade dos talentos. Não é a média das notas que decide, mas o talento, os fortes e o interesse demonstrados no respectivo curso de aprendizagem ou de estudo. Em um processo de qualificação, os jovens, cujas perspectivas forem muito limitadas devido a deficiências de aprendizado ou à falta de maturidade de aprendizagem, podem demonstrar seu talento na prática. Quem tiver uma média bem sucedida nesse processo poderá começar imediatamente a sua formação na Deutsche Telekom.
Sendo gerente da Carta da Diversidade, a senhora luta desde 2006 pela multiplicidade. Quantos signatários a senhora já conseguiu ganhar?
Neste meio tempo já temos mais de 3 100 empresas e instituições que assinaram a Carta da Diversidade. E continuamos recebendo muitos pedidos de adesão. Somos a maior rede de diversidade e uma animada plataforma do tema da diversidade. Vemos na diversidade não somente o capital da atual economia, mas também uma chave para a coesão social.
Interview Martin Orth
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