Mulheres na chefia
Cada vez mais mulheres na chefia de empresas familiares de sucesso.
Logo após o parto, Antje von Dewitz levou seu bebê para o trabalho, amamentando-o durante a reunião com os empregados. Neste meio tempo, ela já tem quatro filhos e volta para casa às cinco da tarde, para passar o resto do dia com as crianças. Não há dúvida de que a chefe da empresa alemã de equipamentos externos Vaude não é como a maioria dos executivos alemães, pois a chefia da maioria das empresas alemãs ainda continua nas mãos dos homens. Isto acontece sobretudo quanto aos grupos empresariais DAX. Mas em empresas familiares, a transformação é bem visível, pois cada vez mais filhas vêm assumindo a chefia da empresa. Antje von Dewitz assumiu o posto de chefia do seu pai em 2009, com 37 anos de idade. Ele havia fundado a empresa em 1974 no Lago de Constança. Sua filha não apenas ampliou as ofertas da firma, mas construiu também um serviço para famílias, que oferece assistência e refeição às crianças dos empregados, também nas férias.
As chefes visam outras prioridades
Segundo uma pesquisa do Instituo de Crédito para a Reconstrução, a maioria das chefes das médias empresas pertence a ramos dominados pelas mulheres. Catharina Cramer e Nicola Leibinger-Kammüller são exceções. A chefe da cervejaria Warsteiner e a gerente da construtora de máquinas de ferramenta Trumpf se impuseram em segmentos, onde a maior parte das chefias é masculina.
Catharina Cramer, que assumiu a Warsteiner em 2007, na oitava geração, cresceu lado a lado com a cervejaria, brincou no seu pátio, onde fez mercadinhos de pulga, e ajudou também na cantina da firma. Isto tudo é o que ela também espera que seu filho faça. Nicola Leibinger-Kammüller, mãe de quatro filhos e chefe da Trumpf, empresa sediada em Ditzingen, Baden-Württemberg, introduziu na sua firma um “modelo de trabalho orientado nas fases da vida”, criando assim, para seus empregados, mais liberdade e flexibilidade, se eles desejarem.
Segundo um estudo da Associação das Empresárias Alemãs, as mulheres não dirigem as empresas de maneira diferente dos homens, mas elas têm outras prioridades. Ter um jardim de infância na empresa é muitas vezes mais importante do que um carro de empresa. Não só os empregados levam vantagem com isso, mas também a sociedade.
Equal Pay Day, em 21 de março de 2014