Encontro para um mundo pacífico
Todos os anos, a Conferência de Segurança de Munique reúne as mentes mais importantes no campo da prevenção de crises e segurança: os fatos sobre a MSC.
A Conferência de Segurança de Munique (MSC) é realizada todos os anos na capital do estado alemão da Bavária. Personalidades de alto nível da política, dos negócios, da ciência e da sociedade civil de todo o mundo vêm à Alemanha para a conferência - embora ela não seja organizada pelo governo federal, mas sim um evento privado. Respondemos às perguntas mais importantes sobre a MSC aqui.
O que é a Conferência de Segurança de Munique?
A MSC é o fórum informal mais importante do mundo sobre questões de política de segurança. É também a maior conferência do gênero. Chefes de estado, ministros e ministras, pessoas com poder de decisão, especialistas em pesquisa e economia, além de ONGs, discutem aqui os desafios da política externa e de segurança. A MSC também é uma plataforma para iniciativas diplomáticas e encontros privados para discutir os riscos de segurança mais urgentes. Associados à MSC estão mais de 100 eventos paralelos organizados em conjunto com ONGs como a Transparency International, Greenpeace e a Amnesty International.
Quais são os objetivos da MSC?
“A MSC visa promover a confiança e contribuir para a resolução pacífica de conflitos”, é como a própria conferência descreve seu objetivo. Assim, promove o diálogo onde, de outra forma, isso não seria possível, permitindo trocas informais entre funcionários. Seu objetivo é oferecer uma plataforma para ideias, novas abordagens e iniciativas. Todos os anos, mais de “450 pessoas com poder de decisão de alto escalão e formadores de opinião pública proeminentes de todo o mundo” vêm a Munique para o evento. A MSC representa um conceito abrangente de segurança que também tem uma dimensão econômica, ecológica e humana.
Quem organiza a MSC?
A MSC é organizada de forma privada e sediada pela Fundação da Conferência de Segurança de Munique. Ela foi fundada em dezembro de 2018 para garantir a independência da MSC a longo prazo. Além do governo federal, o governo do estado da Bavária, a Fundação Robert Bosch e a EnBW AG, entre outros, já doaram dinheiro para a fundação.
Quem é o presidente da Conferência de Segurança de Munique?
O embaixador, Christoph Heusgen, é presidente da MSC desde o início de 2022, o que faz dele o anfitrião e o rosto da conferência. O diplomata é assessor de política externa e de segurança da chanceler federal, Angela Merkel, desde 2005 e foi embaixador alemão da ONU entre 2017 e 2021. Ele sucedeu a Wolfgang Ischinger, que presidia a conferência desde 2008. Anteriormente, Ischinger foi embaixador em Washington e Londres.
Há quanto tempo existe a MSC?
A Conferência de Segurança surgiu da Conferência Internacional de Defesa, fundada em 1963 pelo ex-combatente da resistência, Ewald-Heinrich von Kleist, como um encontro privado. Ele queria neutralizar o perigo dos conflitos militares. Entre os convidados do primeiro encontro estavam o mais tarde chanceler federal, Helmut Schmidt, e o mais tarde secretário de Estado dos EUA, Henry Kissinger.
Há conferências especiais da MSC?
Além do encontro em Munique, a MSC organiza regularmente eventos sobre temas e regiões específicas. Em 2023, por exemplo, essas foram as Munich Leaders Meetings (Reuniões de Líderes de Munique) em Nairóbi e Tóquio. Os Munich Young Leaders (Jovens Líderes de Munique) se reúnem com a MSC em Munique. Na Alemanha, a política de segurança alemã está sendo discutida em fóruns de cidadãos como parte da série de eventos “Zeitenwende on tour”.
Por que a regra de Chatham House é importante?
A maioria dos eventos da MSC é aberta ao público ou ocorre de acordo com a regra de Chatham House. Seu nome vem do antigo Royal Institute of International Affairs (Instituto Real de Assuntos Internacionais) de Londres, foi formulado pela primeira vez em 1927 e afirma que as informações de conversas podem ser usadas sem identificar de quem vieram e quem participou das conversas. O objetivo da regra é poder usar publicamente o máximo possível de informações que, de outra forma, não seriam divulgadas.